quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Santos precisa começar a pensar mais no Brasileirão e esquecer Pelé no Mundial

Uma das notícias que vem movimentando a semana no futebol é a possibilidade de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, jogar o mundial no fim do ano pelo Santos. Claro, seria uma excelente forma de homenagear o rei, independente do título acontecer ou não. Além do mais, seria uma ótima jogada de marketing da equipe santista. Se ele será inscrito ou não, só saberemos mais para frente, o que realmente sabemos é que o Santos não vem bem no Campeonato Brasileiro.

Depois do time ser campeão na Libertadores em cima do Peñarol, no dia 22 de Junho, foram 7 jogos disputados. Nenhum empate, 2 vitórias e lógico, 5 derrotas. Comparado ao Internacional, que foi o último campeão da Libertadores e é clube brasileiro, é bem abaixo do esperado. O time gaúcho conseguiu depois de sua final contra o Guadalajara, usando os mesmo 7 jogos de base, 2 empates, 1 derrota e 4 vitórias. Outra grande diferença são as datas, o colorado foi campeão no dia 18 de Agosto, quase dois meses de diferença para o título santista. Por que a data influencia? Quanto mais tarde, mais perto do mundial, maior a preocupação com a competição do final do ano, e menor com o Brasileirão.

Já que o problema não são as datas, afinal, o Santos teve 3 jogos adiados por motivos de seleção brasileira e Libertadores e o Mundial está parcialmente distante. Se esse motivo não é válido, estariam os jogadores sentindo a pressão de pós campeão? A geração santista é de jogadores novos, comandada principalmente por Neymar e Ganso que possuem 19 e 21 anos, respectivamente. Pode sim ser um fator, afinal, o Santos não ganhava a competição sul americana desde 1963 com Pelé. A pressão é muito grande em cima de meninos sem experiência, portanto esse pode ser um fator pelos maus resultados no Brasileirão.

Não podemos esquecer de um outro grande fator, o esquema tático. Sim, é possível criticar Muricy Ramalho mesmo depois de tantos títulos. No último jogo contra o Vasco, o treinador escalou a equipe assim: Rafael;Pará, Edu Dracena, Durval, Léo; Arouca, Ibson, Elano, P.H. Ganso; Neymar e Borges. Teoricamente a função de Arouca seria marcar, ficar mais na contenção, mas não é tanto de seu feitio. Ibson é um meia tático, habilidoso e que cadencia o jogo, Elano é uma espécie de coringa, consegue jogar como segundo volante e mais avançado, mas sempre pensando em ir pra frente. Ganso então, nem se fala, meia armador. Enfim, são 4 jogadores que se sobem num ataque em peso do Santos não conseguem voltar com tanta facilidade, deixando a defesa aberta e levando gols no contra ataque. Talvez Ibson, recém contratado na Vila, não tenha sido a melhor opção, a equipe deveria procurar um jogador de maior marcação para auxiliar Arouca. Nos últimos 3 jogos foram 10 gols sofridos.

É, até mesmo grandes times com grandes técnicos devem reforçar seus elencos e sempre estarão sujeitos a erros. O Santos devia começar a pensar mais nisso ao invés de tentar jogar contra o Barcelona numa eventual final em dezembro com o Pelé no banco de reservas. Um pouco mais de foco no campeonato nacional pode até mesmo ajudar a se preparar psicológicamente para a competição mais importante no fim do ano.

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