De todas as ligas nacionais disputadas no mundo, é quase unanimidade dizer que o Campeonato Brasileiro é o que proporciona maior emoção aos torcedores. Mas por que isso ocorre? Forças distribuídas, organização dos clubes e dinheiro.
Moramos num país enorme, o que nos possibilita de termos forças regionais. No Sul, Inter e Grêmio, em São Paulo e Rio quatro equipes se dividem no topo. Em Minas mais dois times marcam grande rivalidade. Entre outros. Esse fato é algo que não acontece nos países da Europa, lógico, influenciado pelo tamanho dos mesmos. Na Itália, o campeonato basicamente possui três favoritos, na Inglaterra, quando muito, são cinco. Mas o que se destaca mesmo é a Espanha, que se divide basicamente em Real Madrid e Barcelona. Voltando ao Brasil, como temos diversos times em diversas regiões, o Brasileirão é cheio de clássicos, o que torna a competição atrativa. Vale lembrar que os times de regiões diferentes também travam uma rivalidade muito interessante.
Com o que se diz a organização dos clubes, é algo não interessante, mas sim preocupante. Os grandes times do Brasil vivem muitos de momento. Estamos presenciando um grande exemplo nessa atual edição da competição. O atual campeão Fluminense está ocupando apenas a nona colocação. Depois de um 2010 incrível no comando de Muricy Ramalho, o Flu não voltou a brilhar. Muito se deu a organização. Quando o técnico campeão saiu do clube, ele deu declarações reclamando da infraestrutura da equipe. O principal alvo foi o centro de treinamento. Foram acusações fortes, incluindo a presença de ratos aos arredores do CT. Todos sabem que para se formar um grande clube, precisa investir também no interior, ou seja, centro de treinamento, que inclui campo em boas condições, academia bem equipada, uma equipe de profissionais bem capacitados, entre outros. Caso tudo isso não esteja em harmonia, dificilmente o jogador terá condições psicológicas de estar no clube. No Brasil, isso é inconstante, dependente muito de patrocínio, do tanto de dinheiro que é introduzido no clube. Com isso a alternância de times na elite nacional aumenta consideravelmente.
Por último, o dinheiro. Basicamente, quem tem dinheiro consegue as coisas mais facilmente, não só no futebol. Mas no Brasil é diferente. Os grandes times vivem situações muito semelhantes de grana. Salvo algumas exceções quando há a inserção de patrocínio. Essa é a principal diferença do Brasil para a Europa. Na Inglaterra, por exemplo, a diferença de investimento de um grande clube para um pequeno clube é monstruosa. Enquanto os poucos grandes gastam mais de 80 milhões de Libras, os pequenos penam para contratar alguém de 10 milhões ou até menos. Com isso a briga pelo título fica muito mais restrita a esses clubes, podendo apontar favoritos antes mesmo do campeonato se iniciar. Como no Brasil a constância monetária entre os grandes clubes é maior, a briga fica para os outros itens ou para o campo.
É nítida a diferença entre Europa e Brasil no assunto emoção de campeonato. Aqui foram alguns itens que julguei mais importante nessas “desavenças”. Confira abaixo um exemplo disso, os 10 últimos campeões do Brasil, Inglaterra, Espanha e Itália. São quatro grandes campeonatos do mundo, com grandes diferenças. Com certeza isso torna o futebol um grande atrativo.
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